domingo, 25 de março de 2012

Da fotografia realista à pictórica.

"Partindo do fato de que as pessoas crêem em fotografias, mais do que crêem em um desenho, uma escultura, uma pintura, uma gravura, em suma, mais do que em qualquer outro meio de representação artística, Coleman analisa quais os possíveis motivos inerentes ou não à técnica, que possam explicar essa credibilidade do meio fotográfico. Dentre os primeiros aspectos lembrados por ele estão: a institucionalização, através da fotografia, dos códigos da perspectiva que trazem uma racionalização da visão e da percepção, bem como a realidade do indício fotográfico, que é impresso óptica e quimicamente.

A esse respeito podemos dizer agora também eletronicamente. Os aspectos mecânicos - e não os manuais - do processo se unem, segundo ele, à ilusão da transparência do meio, da sua falta de sintaxe, dando essa extrema potencialidade de verossimilhança à fotografia. Se a fotografia como tecnologia teve, desde seus primórdios, uma intenção realista, científica, conforme aponta Coleman, a segunda batalha da fotografia foi liberar-se do imperativo do realismo.

Uma grande vertente assim começou a constituir-se, a dos fotógrafos e artistas que intervém no processo. Isso a partir de uma fotografia montada, encenada, construída em estúdio, por exemplo, ou na manipulação posterior das imagens fotográficas, como a fotomontagem e outras intervenções. (...) Coleman aponta essa vertente como a que se utiliza da fotografia segundo método dirigido, criando consciente e intencionalmente os acontecimentos com o objetivo expresso de fazer imagens a partir deles.

Dentro de uma intenção artística e longe de se contentar com o registro mecânico da realidade, alguns fotógrafos e artistas são apontados por Coleman, num breve histórico, a iniciar pela pioneira Julia Margaret Cameron. Acompanhando esse histórico vemos que a cisão entre fotografia de retratos e a representação realista se deu desde o início, na pesquisa de seus pioneiros, onde já se podem ver traços de idealização e ficcionalização da pessoa. A vontade de Cameron era aliar o real e o ideal. Dentro desse tipo de postura pode-se colocar também o trabalho de David Octavius Hill. A estética desses dois pioneiros e a intenção de valorizar a fotografia aproximando seus efeitos plásticos aos efeitos gerados por processos artísticos tradicionais foram alguns dos fatores que levaram ao movimento pictorialista de 1890 a 1920, nos Estados Unidos, França e Inglaterra. Mas a aproximação entre fotografia e as belas artes, como os pictorialistas desejaram era, de certo modo, superficial. isso porque os efeitos e motivos vindos da tradição artística eram simplesmente simulados através da técnica fotográfica. O grande problema foi a negação da linguagem fotográfica que já vinha se estabelecendo, em busca de uma falsa linguagem que imitava a linguagem pictórica e de outras técnicas como gravura e pastel, e que se adequasse às necessidades e ao gosto da época. Quanto à temática, houve também uma aproximação com os temas da arte tradicional e da literatura, a exemplo de Cameron e Hill. O pictorialismo entrou em um beco sem saída, teve sua dissolução, e só agora tem sido revisto e valorizado dentro da história da arte e da fotografia no que teve de produtivo".

Trecho de 'Rever: retratos ressignificados - A fotografia de retrato como fonte narrativa ficcional', de Rochele Boscaini Zandavalli.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entre a razão e a loucura...

"A raça dominante é a guardiã dos valores e por seus valores, definidos por ela mesma como superiores, é dominante. Quando a raça cresce e se expande, alcança a nobreza ostentosa do aumentativo; transforma-se em 'razão' ".

Trecho de 'Os sobrinhos de Vasconcelos no diálogo entre a razão e a loucura', de Néstor A. Braunstein.

Sobre a convivência de fotografia e texto em antropologia.

"(...) As fotos não só podem ajudar na descrição, como podem de fato constituir o 'clima' das situações vivenciadas nas cores que elas se apresentavam, criar um ambiente de verossimilhança e, por conseguinte, de persuasão. As imagens não se deveriam limitar a 'reviver' um estar lá, mas sedimentar os alicerces do caminho da descrição interpretativa e auxiliar na articulação das tramas da indução, ajudar na compreensão das interpretações, e não apenas distrair a atenção do leitor entre o folhear das páginas.

Nessa perspectiva, a imagem não meramente ilustra o texto, nem o texto apenas explica a imagem, ambos se complementam, concorrem para propiciar uma reflexão sobre os temas em questão. "

Trecho do texto "A fotografia como recurso narrativo: problemas sobre a apropriação da imagem enquanto mensagem antropológica", de Nuno Godolphim, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

domingo, 13 de novembro de 2011

Falar, simbolizar...

"Realmente pensa-se falando. Mas o pensar e falar só se tornam possíveis dentro do quadro de idéias de uma língua. Esta, por sua vez, está inserida num complexo de relacionamentos afetivos e intelectuais próprios de uma cultura. Assim, cada um de nós pensa e imagina dentro dos termos de sua língua, isto é, dentro das propostas de sua cultura. Quando se fala, recolhe-se desse acervo, de língua e de propostas possíveis, uma determinada parte que corresponde à experiência particular vivida. É o que se quer transmitir e, também, o que se pode transmitir. A fala se articula, portanto, no uso concreto da língua, uso sempre parcial porque adequado à área vivencial do indivíduo.
Usamos palavras. Elas servem de mediador entre nosso consciente e o mundo. Quando ditas, as coisas se tornam presentes para nós".

Trecho do livro Criatividade e Processos de Criação, de Fayga Ostrower.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fotografia como recurso narrativo.

"...o vídeo e o cinema apresentam uma dinâmica discursiva própria da fluência natural da fala, possibilitando uma articulação do discurso, de forma similar à articulação das idéias de um texto escrito, ou ao desenrolar de uma ação no tempo. Já a fotografia teria uma discursividade puramente imagética, que estaria restrita aos elementos de composição da imagem fotografada, isto é, uma discursividade interna, centrípeta, que materializa a espacialidade e presentifica o tempo.
Assim, apesar de seu potencial em captar os múltiplos planos da realidade visível, inclusive alguns mais "abstratos", cabe aqui fazer uma observação quanto à limitação da fotografia, pois enquanto a imagem sonora em movimento poderia mais facilmente autoexplicar-se e induzir uma interpretação, a fotografia isolada, por mais rica em aspectos visuais e simbólicos, dificilmente consegue propor uma explicação ou uma interpretação. A fotografia tende sempre a ficar no limite da constatação, no caso de uma questão ou característica socioetnográfica. Vai ser o "olhar" do pesquisador que vai identificar nela a problemática socioantropológica. Sem isso, as fotografias parecem produzir apenas descrições rasas. "

Do texto "A fotografia como recurso narrativo: problemas sobre a apropriação da imagem enquanto mensagem antropológica".


Será?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Catarse.

" Segundo Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama.

(...)

Ainda segundo o filósofo grego, se um homem bom passa da má para a boa fortuna, nós não sentiremos terror; se um homem bom passa da boa para a má fortuna, nós ficamos com pena, e não sentimos compaixão nem terror; se um homem mau passar da boa para a má fortuna, nós ficamos felizes da vida; e se um homem mau passar da má para a boa fortuna, nós sentimos repugnância.

Ou seja, é preciso que o herói trágico passe da "Felicidade" para a "Infelicidade" por alguma desmedida sua para atingir a catarse. "

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

E Estamos Conversados.

(Arnaldo Antunes)

Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído constante
que fazem as falas das pessoas falando, cochichando e reclamando,
que eles querem mesmo é reclamar,
como uma risada na minha orelha, ou como uma abelha, ou qualquer outra coisa pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem segredos
que todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia
Eu não vou mais ficar ouvindo distraído eles falarem deles e do que eles fariam se fosse com eles
e o que eles não fazem de jeito nenhum, como se interessasse a qualquer um.
Eles são: as pessoas, todas as pessoas, fora os mudos.
Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,
falem longe da minha janela por favor, se for para falar do meu amor.
Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.
Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço nunca mais, pelo menos por enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico.
E estamos conversados.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pressa...

Quem tem pressa come no drive-thru.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Vocación de andar buscando
una causa, una razón
la palabra más certera
que me copie la emoción
con la chacarera doble
voy cantando y me voy..."

De Aca Seca Trio

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Um Dia Útil...

Um Dia Útil
(Maurício Pereira) Warner Chappell
Daniel: piano, voz.
Maurício: voz, assobio, arranjo.

de manhã eu levantei, fiz xixi
li o jornal
sem escovar o dente

tomei café com leite (como sempre correndo)
me arrumei, fui trabalhar
nem lembrei de dizer tchau pro povo lá de casa

fui tocar música com meus amigos músicos
e aí eu canto (o dia inteiro eu canto)
e canto, e canto, e canto, e canto

às vezes pra ninguém porque é um ensaio
às vezes pra ninguém mesmo não sendo ensaio
mas sempre junto com meus amigos músicos

e quando vai uma multidão
parece que eu sou tão importante
depois acaba tudo
e eu volto quieto pra casa

e quando eu chego lá em casa
tá todo o mundo dormindo
tá tudo escuro
escuro pra burro

eu fico olhando a rua pela janela de casa
é madrugada
eu sozinho com eles dormindo

desligo
a última luz da casa
vou dando trombada
até o quarto dos moleques

cubro eles, um por um
beijo eles, um por um
tropeço um bocado
pra chegar na minha cama

eu dou
um beijo leve e demorado
nos cabelos
da minha mulher que dorme

eu tiro a roupa
eu deito acordado
eu tô nu
eu me cubro
olhos arregalados numa fresta de luz no teto

e eu sonho sozinho
com meu coração pequenininho
minha compreensão também pequenininha
do conjunto das coisas todas

eu, o medo da morte, e tudo o mais
sonhando sozinho, eu me pergunto
se quando a gente canta alguém presta atenção na letra

mas eu tento tentar dormir
e aí vem aquele monte de dúvidas
que a gente tem quando trabalha como artista

e vem fé e vem tristeza e vem alegria
e tesão e neura e fantasia
e dionísio e ditadura

e eu não sei, não sei, não sei, não sei…
eu pego no sono
eu preciso dormir um pouco
e sonhar muito

porque se o cara não descansa ele não canta direito
e não leva sustança
pro coração do cidadão comum

e amanhã é mais um grande dia
um dia comum de muito trabalho
um dia grande
que nem um diamante

um longo dia belo
um baita dia duro e lindo
e eu ganho pra estar brilhante
num dia útil

um dia útil
um dia útil
um dia útil

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Defesa de Tese

Conflito banca versus autor da tese...

- Li sua tese e quero saber: você não sabe o que é vírgula?

Resposta:

- E você, não sabe quem é Saramago?


(inspirado em Rodrigo Amorim).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Folcloreishon Ciclo

Vale a pena ver e OUVIR:

http://www.myspace.com/folcloreishonciclo

sábado, 1 de agosto de 2009

A Síndica

- Oi. Vim buscar o controle do estacionamento.
- Você não tem carro, não vou dar o controle agora.
- Mas eu tenho vaga e uso a vaga.
- Não vou dar o controle.
- Mas eu pago o condomínio em dia, pago IPTU da vaga, e paguei pelo controle inclusive.
- Não, não, não.

Moral da história: perdi o controle, literalmente.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida"

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh!!!!

Obrigada pela atenção.

sábado, 4 de abril de 2009

"Sujeito Moderno, Sujeito Neurótico"

"Ao mesmo tempo, escreve Corbin (...), "as regras de transmissão familiar dos nomes perdem sua autoridade. (...) O enfraquecimento das regras de transmissão familiar traduz o definhar das virtudes hereditárias e ao mesmo tempo vaticinadoras do prenome. A perda da fé na existência de um patrimônio de caráter transmitido pela denominação evidentemente trabalha a favor do individualismo". Tal perda da fé nas condições imaginárias do patrimônio (simbólico) herdado produziu na modernidade, a meu ver, um forte sentimento de desamparo e responsabilidade diante do destino pessoal; sentimento que facilmente se transforma em culpa neurótica pela impossibilidade de cumprir com os ideais contraditórios que orientam este destino.

(...)

"Conflito de gerações": quando as tradições deixam de dar conta de situar os indivíduos em um mundo que, a cada nova geração, encontra-se modificado em relação ao que a geração anterior conseguiu elaborar.

(...)

Desse modo, cada sujeito passa a carregar nos ombros a tarefa de tentar compreender o mundo por si mesmo, de estabelecer-se nele com grande esforço para, em seguida, ser destituído ou no mínimo contestado pela geração seguinte.

(...)

A dificuldade é que o filho não herda apenas um mandato familiar; sendo também, como escreve Perrot, um objeto privilegiado do investimento amoroso dos pais, ele é herdeiro de toda uma série de novas exigências para com sua própria felicidade e realização individuais. "


Trechos do livro 'Deslocamentos do Feminino' (cap. I), de Maria Rita Kehl.

segunda-feira, 9 de março de 2009

"Para quem não sabe onde vai, não existem ventos favoráveis"...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sobre a Criatividade...

"A elaboração de possibilidades específicas da matéria permite que se alcancem maiores conhecimentos e um aprofundamento de trabalho. Um químico poderá ser criativo na química porque formula suas perguntas em termos de química e não porventura em termos de alquimia. Entretanto, se esse químico nada mais vê pela frente do que química, se todos os seus interesses e também os conteúdos de vida se resumem quase que exclusivamente em problemas de "especialista", especializações dentro de especialidades, de fato, ele há de viver uma enorme redução enquanto possibilidades humanas. E por maior que seja o seu talento e sua eficiência, esse reducionismo poderá até esvaziar o sentido de criatividade que ele tenha dentro do trabalho profissional.

É bem verdade que, no nível da tecnologia moderna e das complexidades de nossa sociedade, exige-se dos indivíduos uma especialização extraordinária. Esta, todavia, pouco tem de imaginativo. De um modo geral, restringe-se, praticamente em todos os setores de trabalho, a processos de adestramento técnico, ignorando no indivíduo a sensibilidade e a inteligência espontânea do seu fazer. Isso, absolutamente, não corresponde ao ser criativo.

Como experiência de vida e de trabalho, os processos de identificação com uma matéria, os processos de aprofundamento e de pesquisa que envolvem uma espécie de empatia com a essência de um fenômeno e nos quais se baseiam a imaginação e o pensamento criativo, não podem ser confundidos com a mentalidade mecânica e unilateral da superespecialização. Ainda que nos seja impingida pelo meio social em termos de necessidade profissional, não precisamos vê-la como virtude, como algum ideal aspirável em termos de realização humana. Do modo como está sendo colocada e com a falta de abertura, não passa de um reducionismo que exclui da vida toda experiência valorativa. Exclui do viver o vivenciar. Já por essa indiferença pelo real da vida, a atitude básica da superespecialização carece de qualificações criativas.

(...)A imaginação criativa nasce do interesse, do entusiasmo de um indivíduo pelas possibilidades maiores de certas matérias ou certas realidades. Provém de sua capacidade de se relacionar com elas. Pois, antes de mais nada, as indagações constituem formas de relacionamento afetivo, formas de respeito pela essencialidade de um fenômeno. À afetividade vinculam-se sentimentos e interesses que ultrapassam qualquer tipo de superespecialização (...).

O vício de considerar que a criatividade só existe nas artes, deforma toda a realidade humana. Constitui uma maneira de encobrir a precariedade de condições criativas em outras áreas de atuação humana. (...)Constitui, certamente, uma maneira de desumanizar o trabalho. Reduz o fazer a uma rotina mecânica, sem convicção ou visão ulterior da humanidade. Reduz a própria inteligência humana a um vasto arsenal de informações 'pertinentes', não relacionáveis entre si e desvinculadas dos problemas prementes da humanidade. Nessas circunstâncias, como poderia o trabalho ser criativo? Pois não só se exclui do fazer o sensível, a participação interior, a possibilidade de escolha, do crescimento e de transformação, como também se exclui a conscientização espiritual que se dá no trabalho através da atuação significativa, e sobretudo significativa para si em termos humanos.

Enquanto o fazer humano é reduzido ao nível de atividades não-criativas, joga-se para as artes uma imaginária supercriatividade (...)."

Trecho do livro "Criatividade e Processos de Criação", de Fayga Ostrower.

O tempo... O meu tempo...

Na vida não dá tempo... Eu não tenho tempo... Não ando fazendo muita coisa, mas não tenho tempo, nunca. Acordo, e mal tomei café, já tenho que almoçar, o que faço rapidamente, ou não faço, porque já tenho que pegar o metrô, e depois já tenho que pegar o ônibus, e vou falar um oi rápido pra galera porque já vai começar a aula, e durante a aula nem dá muito tempo de todo mundo falar, nem de todo mundo ouvir, já está na hora de ir embora, e de pegar o ônibus, e de pegar o metrô, e de chegar em casa, e cumprimentar rapidamente o porteiro, e conversar um pouco com o marido, e conversar um pouco com o cachorro, e fazer o que tenho pra fazer, lavar louça, ver e-mail, ler um pouco, pensar rapidamente em alguns projetos, pensar rapidamente em trabalhos, e passar rapidamente pelos canais da televisão, porque não há nada de bom passando, e quando há, não deu tempo de ver o programa inteiro, e já está na hora de dormir, e me viro para um lado, e me viro para o outro, e mal deu pra dormir, mas já está na hora de acordar... E assim seguem quase todos os dias...

De repente, o tempo pára! Subitamente, não sei se uma forte rajada de vento chinês, ou uma força superior qualquer me dá uma "patada" nas costas, me joga pelos ares... e o tempo pára. Tudo pára... Até a respiração parece que pára.

E eu me pergunto qual o sentido do tempo que passou? E o que devo fazer com o tempo que tenho agora e que já começou a passar tão rápido novamente que mal me dou conta se deu tempo de perceber?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Memórias

"Milhões de imagens foram destruídas desde o advento da fotografia, inúmeras em virtude de catástrofes e guerras, porém, a maioria, certamente, pela própria vontade do homem. Desaparecidos os referentes, ficaram apenas as representações. Essas ainda são mantidas pelos descendentes mais próximos, até o momento em que, mais tarde, passam a ocupar demasiado espaço nas casas dos descendentes afastados; em épocas mais recentes essas imagens já se constituem, efetivamente, num estorvo: vidros partidos, fundos dos quadros furados, molduras lascadas, manchas e mofos... Além dos avós jovens na clássica pose da cerimônia matrimonial ou do bisavô na idade do colégio, alguns tios afastados, primos de alguém que alguém da família conheceu, não se sabe bem quem, nem onde... amigos de amigos, sem nome e sem lembrança. Inúmeros estranhos e mais estranhos co-habitando álbuns danificados e velhas caixas de sapatos onde se amontoam cartas saudosas e antigas fotografias.

Essa gente toda, inquilinos desconhecidos da memória, deve ser de alguma forma desalojada, despejada... e o é de várias maneiras: queimada, sumariamente jogada no lixo, vendida em meio a pacotes de jornais velhos, por quilo, ou então arrematada juntamente com bibliotecas para ser vendida por unidade nos sebos ou feiras dominicais, ou adquirida juntamente com o mobiliário das casas pelos antiquários, ou então, desde há muito, perdida nos porões das antigas sedes das fazendas, ou nos armazéns abandonados das fábricas desativadas. Neste processo de deterioração da memória familiar, imagens de pais e filhos, maridos e mulheres, irmãos e parentes se separam definitivamente. Holocausto da representação, ruptura da memória. Entre os sobreviventes da destruição física restam poses e rostos esmaecidos tomados em fundos de quintais desreferencializados. Fantasmas da memória, sem passado e sem futuro."

Do livro 'Realidades e Ficções na Trama Fotográfica', de Boris Kossoy.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009


Pouco, pouquíssimo, nada pra contar. Somente pensamentos confusos que vão e vem, não tristes, nem felizes, às vezes tristes, às vezes felizes, que eu nem conseguiria transformar em palavras... Em mal consigo transformá-los em pensamentos realmente coerentes. Por isso não digo nada... Por isso essa timidez verbal.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Imagem.

"A comunicação não-verbal ilude e confunde. Deve-se, no entanto, 'perceber na imagem o que está nas entrelinhas, assim como fazemos em relação aos textos', como bem colocaram Weinstein & Booth: '(...) precisamos aprender a esmiuçar as fotografias criticamente, interrogativamente e especulativamente. (...) No que uma boa fotografia desvenda para o olho e a mente compreensiva, ela falhará em desvendar para o olho apressado'. Tal é o desafio a enfrentar. Não deixar de ousar na interpretação: esta é a tarefa.

(...)

O significado mais profundo da imagem não se encontra necessariamente explícito. O significado é imaterial; jamais foi ou virá a ser um assunto visível passível de ser retratado fotograficamente. O vestígio da vida cristalizado na imagem fotográfica passa a ter sentido no momento em que se tenha conhecimento e se compreendam os elos da cadeia de fatos ausentes da imagem. Além da verdade iconográfica. "

Trecho do livro 'Fotografia & História', de Boris Kossoy
Sou uma pessoa teórica...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Tem um congestionamento aqui dentro de mim. São muitas pessoas querendo falar, se exibir, se expressar. Achei que estava entrando num período de calmaria, a maturidade afinal, e de repente esse furacão. As incompatibilidades de conceitos, o sobe-e-desce emocional, é um mulherio afoito que parece não caber no meu corpo pequeno. Será que a estatura de uma pessoa é proporcional à dose de contradições que lhe são permitidas em vida? (...) Será que antes de a pessoa encarnar botam num curso preparatório pra vida que ela terá? Devo ter perdido ensinos indispensáveis, o de controle dos pequenos ímpetos certamente. Na verdade, sou magnífica nas situações de impacto, mas me enrolo vergonhosamente com as minúcias do dia-a-dia. E a vida é feita do corriqueiro."

Do livro Uma Vida Inventada: Memórias Trocadas e Outras Histórias (Maitê Proença)

domingo, 21 de dezembro de 2008

" A felicidade só existe quando compartilhada ".

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Inusitado 2 (histórias de ontem)

Hoje cedo fui à Pinacoteca ver uma outra exposição de fotografia. Sim, dessa eu gostei bastante. Depois, almocei um beirute de picanha defumada por lá, na companhia de uma amiga e seu marido.

Até aí, tudo normal.

Fui até a Estação Vergueiro, porque tinha consulta médica ali perto hoje à tarde. Quando cheguei lá, não achei o prédio que eu precisava ir. Então, pedi informação, e o rapaz disse:

_ Você vai ao médico?
_ Sim.
_ Acho que é aquele portão ali.

E fui. Quando entrei, meio sorrindo, esbaforida, mulambenta de mochila, percebi que tinha entrado no lugar errado, pois saí no meio de um funeral... E minha consulta não era ali, claro... Disfarcei, saí, pedi informação novamente e descobri que eu estava na rua errada.

Bom, saindo da consulta, resolvi ir ao Centro Cultural SP. No caminho, me perdi de novo, mas dessa vez nada grave. Quando cheguei, finalmente, fui à lanchonete pedir uma Coca-Cola. Mas mudei de idéia e pedi um chá quente. Quando, de repente, o rapaz ao meu lado diz:

_ Você pegou um chazinho?
_ Sim.
_ É de graça?
_ Gostaria que fosse.
_ Que sabor você escolheu?
_ Nem sei, chama "pomar". Pode ter qualquer coisa dentro.
_ Sabe que essa coisa de sabor e cheiro me traz lembranças.
_ É mesmo?

E enfim, acabei num papo de sinestesia e memória olfativa com um desconhecido.

_ Até logo, foi um prazer.

Sentei num banquinho, fora da lanchonete, mas dentro do centro cultural, e comecei a fotografar um ônibus-biblioteca que estava estacionado ali perto. Quando, de repente, senta ao meu lado um senhor de aproximadamente 60 anos, com um "aspecto de filme antigo", vestindo um chapéu interessante, paletó e cachecol xadrez, e diz:

_ Você é fotógrafa? Não sabe, acabei de comprar uma câmera fotográfica.

Pensei que era mentira, mas quando olho pras mãos dele, ele estava realmente segurando uma caixa com a câmera recém-comprada. E aí, bem, ele me perguntou umas coisas sobre foco, contou uma história de quando esteve em Nova Iorque, e aí fez uma ligação, na qual começou a brigar com uma mulher por causa de um caminhão que, ao que parecia, não o deixava dormir à noite.

Levantei, e fui conversar com a moça do ônibus-biblioteca.

E bom, agora, na verdade, estou aqui, registrando essa história num papel amassado, o único que eu tinha, para depois passar isso pro blog. Continuo no Centro Cultural, esperando começar o show de uma conhecida, cujo ingresso custarará apenas R$ 1,00. Mas ainda falta uma hora para o show começar...

Acaba de passar um senhor me oferecendo um método americano de leitura rápida...

Está bastante frio, será que tomo outro chá?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Inusitado.





Ontem estava bastante frio, principalmente pela manhã. Uma garoa chata...

Fiquei na dúvida se sairia de casa.

Mas resolvi sair. Peguei o metrô e fui a uma exposição de fotografia interessante, mas que, no fim, não gostei. Então, peguei o metrô de novo, resolvi ir à livraria. No caminho da livraria, vi que estava passando no cinema um filme ótimo e fui lá. Cheguei ao guichê e faltavam dois minutos pra começar o filme.

- Moça, dá tempo?
- Dá sim.
- Uma meia-entrada.
- Não aceitamos Visa, só Mastercard!
- Jura?! E quanto fica, vou ver se tenho dinheiro...
- Oito e cinqüenta.
- Ai, só tenho oito reais.

E foi isso. Ela me olhou com a cara de "que pena" ou "problema seu", e eu acabei pensando alto:

- Poxa, hoje nenhum dos meus programas está dando muito certo!

E de repente, ouço um "Psiu".

Quando olho para trás, o rapaz do carro-forte que estava retirando o malote de dinheiro do cinema abriu sua própria carteira e disse:
- "Olha, eu posso te emprestar cinqüenta centavos".

... É verdade aquilo que dizem que às vezes a ajuda vem de onde você menos espera...

Bom, agradeci, mas não aceitei. Fui embora. E fim.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sonhos de Einstein

"(...)

19 de Abril de 1905


É uma manhã fria de novembro e caiu a primeira neve. Um homem vestindo um longo casaco de couro está na sacada do seu apartamento no quarto andar na Kramgrasse observando a fonte Zähringer e a rua branca logo abaixo. A leste, ele pode ver o frágil campanário da catedral de St. Vincent e, a oeste, o telhado arqueado do Zytgloggeturn. Mas o homem não está olhando para leste ou oeste. Ele está com os olhos fixos em um pequeno chapéu vermelho deixado na neve e está pensando. Deve ir à casa da mulher em Friburgo? Suas mãos agarram a balaustrada de metal, soltam-na, agarram-na novamente. Deve visitá-la? Deve visitá-la?

Decide não se encontrar mais com ela. Ela é manipuladora e autoritária e poderia tornar sua vida um inferno. Talvez nem estivesse mesmo interessada nele. Em vez disso, ele decide continuar na companhia de homens. Trabalha duro na farmácia, onde mal nota a subgerente. À noite vai para a brasserie na Kochergasse com seus amigos e bebe cerveja, e aprende a fazer fondue. Depois, três anos mais tarde, conhece uma outra mulher em uma loja de roupas de Neuthâtel. Ela é simpática. Faz amor com ele, muito lentamente, durante alguns meses. Após um ano, vem morar com ele em Berna. Eles vivem tranqüilamente, caminham juntos à margem do Aare, fazem companhia um ao outro, envelhecem felizes.

No segundo mundo, o homem com o longo casaco de couro decide que precisa encontrar a mulher de Friburgo novamente. Ele mal a conhece, ela pode ser manipuladora e seus movimentos sugerem volatilidade, mas aquela expressão suave quando ela sorri, aquela risada, aquele jeito inteligente de usar as palavras. Sim, precisa encontrá-la de novo. Ele vai até a casa dela em Friburgo, senta no sofá ao seu lado, em poucos instantes percebe seu coração galopando e sente-se minado diante da brancura dos braços dela. Eles fazem amor ruidosa e apaixonadamente. Ela o convence a mudar-se para Friburgo. Ele larga seu emprego em Berna e começa a trabalhar na agência postal de Friburgo. Ele queima de tanto amor por ela. Todo dia, ele vem para casa ao meio-dia. Eles comem, discutem, ela reclama que precisa de mais dinheiro, ele protesta, ela arremessa panelas contra ele, eles fazem amor novamente, ele volta à agência postal. Ela ameaça deixá-lo, mas não deixa. Ele vive para ela e está feliz com sua angústia.

No terceiro mundo, o homem também decide que precisa encontrá-la novamente. Ele mal a conhece, ela pode ser manipuladora e seus movimentos sugerem volatilidade, mas aquele sorriso, aquela risada, aquele jeito inteligente de usar as palavras. Sim, precisa encontrá-la de novo. Ele vai à casa dela em Friburgo, encontra-a na porta, toma chá com ela na mesa da cozinha. Eles conversam sobre o trabalho dela na biblioteca, o emprego dele na farmácia. Depois de uma hora, ela diz que precisa sair para ajudar um amigo, diz adeus, e eles se despedem com um aperto de mãos. Ele viaja os trinta quilômetros de volta a Berna, sente-se vazio durante a viagem de trem, sobe para seu apartamento no quarto andar da Kramgrasse, vai para a sacada e fica olhando o pequeno chapéu vermelho deixado na neve.

Estas três cadeias de eventos realmente acontecem, simultaneamente. Pois, neste mundo, o tempo tem três dimensões, como o espaço. Assim como um objeto pode mover-se em três direções perpendiculares, horizontal, vertical e longitudinal, um objeto também pode participar de três futuros perpendiculares. Cada futuro move-se em uma direção diferente do tempo. Cada futuro é real. Em cada ponto de decisão, seja ela visitar uma mulher em Friburgo ou comprar um casaco novo, o mundo divide-se em três mundos, cada qual com as mesmas pessoas, mas com destinos diferentes para elas. No tempo, há uma infinidade de mundos.

Alguns não se importam com decisões, argumentando que todas as decisões possíveis ocorrerão. Em um mundo como este, como uma pessoa pode ser responsável pelos seus atos? Outros afirmam que cada decisão deve ser examinada e tomada com espírito de comprometimento, pois sem comprometimento há caos. Essas pessoas são felizes por viverem em mundos contraditórios, desde que saibam a razão para cada um deles".


(...)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Delírio Coletivo.

Delírio coletivo... Essa é uma expressão que está na moda... Mas um tipo interessante é aquele em que as pessoas de um determinado grupo se sentem perseguidas umas pelas outras sem haver qualquer causa de ameaça real ou aparente. Nesses casos, o silêncio puro e simples é interpretado como "tramóia" e qualquer frase besta, interpretada como arrogância, petulância, tentativa de intimidação, etc. É uma forma de delírio que contamina bastante, inclusive. Interessante!





P.S.: "Interessante": significado - 'chato pra car...' dito de forma sutil.

domingo, 6 de abril de 2008

Esses dias estava relendo esse trecho de livro, enviei a uma amiga e resolvi postar aqui também...
"Isso é o que pretendo na minha cambaleante prática espiritual: desfazer-me dos sentimentos negativos que me impedem de caminhar com soltura. Quero transformar a raiva em energia criativa e a culpa em uma divertida aceitação de minhas falhas; quero varrer para longe a arrogância e a vaidade. Não tenho ilusões, nunca alcançarei o desprendimento absoluto ou o êxtase dos iluminados, parece que não tenho ossos de santa, mas posso desejar as migalhas: menos ataduras, um pouco de carinho com os demais, a alegria de uma consciência limpa." - Trecho de La Suma de Los Días, de Isabel Allende.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Angra dos Reis.






Angra dos Reis - Rio de Janeiro - Brasil.
Novembro de 2007.

Angra dos Reis e Arredores.

Bom, não tenho muitas dicas a respeito de Angra, porque conheci pouco. Mas, aí vão as fotos.




Angra dos Reis - Rio de Janeiro - Brasil.
Novembro de 2007.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Parati.





Parati.

A cidade tem muito a oferecer. Lá moram muitos artesãos, então há diversos ateliês e lojinhas de artesanato no Centro Histórico. Existem muitas pousadas, desde albergues a hotéis de luxo, e indico a Pousada do Aconchego e a Pousada Morro do Forte. Quanto a restaurantes, há também muitas opções, com preços intermediários a caros, muitos com música ao vivo à noite. Portanto, em Paraty é bom estar com um dinheirinho extra pra não passar vontade, hehehehe. O que Paraty tem de ótimo também é estar perto de praias como Trindade, Praia do Sono, as praias de Angra, e também perto de cachoeiras.





Parati - Rio de Janeiro.
Dezembro de 2007.

La Plata.

La Plata é uma cidade linda. No inverno, época na qual faz MUITO frio, o visual é incrível, porque as árvores ficam "peladas" e o chão repleto de flores amarelas. É uma cidade de médio porte, com jeito de cidade pequena, muito tranqüila, segura, limpa e organizada, com construções antigas lindíssimas, museus, mostras de música e arte. Há bons restaurantes e casas de vinho com ótimos preços. Não há como se perder, porque é uma cidade planejada, com ruas numeradas, e além disso, pra qualquer lugar se pode tomar um táxi, o transporte mais usado na cidade, com preços baixos.


Nada como estar na companhia do marido, de uma amiga querida e sua mãe, na casa delas, tomando um chazinho quente pra espantar o frio.







La Plata - Argentina.
Maio de 2006.

La Plata.





La Plata - Argentina
Maio de 2006.

Museu de História Natural de La Plata



Museo de La Plata - Argentina.
Maio de 2006.

Bombinhas.

Em Bombinhas há espaço pra quem quer descanso e pra quem quer agito. A cidade, bem pequena, fica cheia bem movimentada em dezembro e janeiro, e há boas opções de restaurantes e pousadas (hospedagens para todos os gostos e bolsos). Pra quem gosta de se hospedar em albergue, indico o albergue "Toca da Moréia", que fica próximo ao trapiche em Bombinhas. Na alta temporada, há feira de artesanato na rua principal à noite, muita música ao vivo nos bares e restaurantes, e muita gente bonita. Indico a programação musical e a ótima comida do Mestre dos Mares, restaurante que fica na beira da praia.

Bombinhas também é uma ótima opção para quem quer gosta de caminhar, porque as praias são muito próximas umas das outras, e o visual durante a caminhada é sempre lindo.

Bombinhas - Santa Catarina - Brasil.
Janeiro de 2007.

Praia de Quatro Ilhas.


Praia de Quatro Ilhas - Bombinhas - Santa Catarina - Brasil.
Janeiro de 2007.

Praia do Retiro.


Praia do Retiro - Bombinhas - Santa Catarina - Brasil.
Novembro de 2006.

Praia da Sepultura - Bombinhas - Santa Catarina - Brasil.
Novembro de 2006.

Morro de Quatro Ilhas - Bombinhas.




Morro de Quatro Ilhas - Bombinhas - Santa Catarina - Brasil.
Novembro de 2006.
Por enquanto, vou postar algumas fotos de viagens recentes. Sem a pretensão de ser um guia turístico, hehehe, só com a intenção de mostrar pros amigos por onde tenho andado. Depois, quem sabe umas postagens rotineiras?